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terça-feira, 16 de agosto de 2011

O segredo das novelas mexicanas


Quando se confirmaram os boatos de que o SBT iria produzir um remake de “Carrossel”, um misto de sensações se instalou nos fãs da novela mexicana que fez sucesso na década de 90 e se tornou um dos ícones das crianças daquela geração. Ao mesmo tempo em que seria bom matar a saudade de Cirilo, Maria Joaquina, Professora Helena e companhia, a dúvida de que uma adaptação do canal de Sílvio Santos possa estancar a magia da produção ronda a cabeça daqueles que tanto torceram por uma reprise.
Parceira da Televisa há quase três décadas, a emissora faz adaptações de folhetins estrangeiros desde seu segundo ano de existência. A primeira experiência do SBT no gênero foi com a novela “Destino”, exibida em 1982. Protagonizada por Ana Rosa e Flávio Galvão, a produção era baseada no original da autora mexicana Marisa Garrido.
Poucas pessoas se lembram da trama, pois no mesmo dia em que ela entrou no ar estreava também a novela mexicana “Os Ricos Também Choram”, com Verónica Castro (Veja aqui a abertura da novela). A versão dublada do produto fez tanto sucesso por aqui que Verónica veio do México para conhecer seus fãs brasileiros.
Mas, o canal só acertou quando produziu “Chiquititas” – em parceria com uma emissora argentina. Toda vez que o pessoal do Anhanguera conseguiu algum êxito com folhetins da Televisa foi exibindo a trama original.
Arquivo Famosidades
Várias produções mexicanas fizeram bastante sucesso no Brasil. “Chispita”, “O Direito de Nascer”, “Só Você”, “Rosa Selvagem”, “Luz Clarita”, “Rebelde” e “A Ursupadora” são alguns exemplos. A trama protagonizada por Gabriela Spanic chegou a dar mais de 20 pontos no Ibope mesmo batendo de frente com “Terra Nostra”, folhetim global estrelado por Ana Paula Arósio e Thiago Lacerda.
Para o autor Marcílio Moraes, o sucesso das novelas mexicanas no Brasil se deve ao fato das produções não terem nenhuma outra pretensão que não seja entreter o telespectador. “Nós aqui sempre procuramos dar uma conotação cultural mais acentuada, ou pelo menos um verniz disso, aos produtos. Eles lá não têm essa preocupação. Fazem o que podemos chamar de ‘genérico’ de telenovela, com a receita simples para agradar as donas de casa, que são o maior público deste gênero de programas”, disse ao Famosidades.
Arquivo Famosidades
O auge ocorreu no final da década de 90, com o fenômeno Thalía. As tramas “Marimar”, “Maria Mercedes” e “Maria do Bairro”, protagonizadas pela estrela, fizeram a cabeça dos telespectadores brasileiros e “Maria do Bairro” chegou a ser reprisada três vezes pelo SBT. Moraes, que foi colaborador do clássico global “Roque Santeiro” e assinou “Ribeirão do Tempo” e “Vidas Opostas”, na Record, acredita que Thalía demonstra bem a força da teledramaturgia mexicana. “Há que ressaltar que o México tem uma longa e larga tradição de teledramaturgia, muito mais que o Brasil. E também o fato de que a língua espanhola é muito mais falada no mundo que o português”, explicou.
Arquivo Famosidades

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